Entre 21 e 24 de abril fui até à maior ilha do arquipélago dos Açores, a ilha de São Miguel, com os meus tios e primo. Uma viagem à muito desejada, que superou todas as expetativas.
Assim que aterramos no aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, já tínhamos um carro alugado à nossa espera. Aconselho a fazerem o mesmo, caso pensem em visitar uma ilha, pois assim estão mais livres para irem onde querem. Nós alugamos o carro pela Ryanair, quando comprámos os bilhetes. No exterior, senti que o ar era diferente, que se respirava bem melhor. A paisagem era maravilhosa. De um lado, campos verdes com habitações e gado, do outro, um mar azul infinito.
Ficamos alojados no Hotel Matriz, localizado no Centro Histórico de Ponta Delgada e com uma pontuação de 8.1 no Booking. Um espaço simples, cómodo e com pessoas muito simpáticas. O pequeno-almoço podia ser mais rico e diverso, mas de qualquer modo foi o suficiente para nunca sairmos de lá com fome. E como seria de esperar tínhamos todos os dias queijo da ilha, queijo Terra Nostra e bolo levedo, tradicionais das Furnas.
Deixadas as malas, embarcamos no primeiro dia da aventura. Decidimos começar por conhecer Ponta Delgada, onde paramos para almoçar. Depois fomos até à Lagoa das Sete Cidades, onde paramos para tirar muitas fotografias. No meio deste cenário simplesmente fantástico, era impossível não reparar no abandonado e degradado Hotel Monte Palace Açores.
Em tempos o Monte Palace de cinco estrelas foi um dos empreendimentos mais luxuosos da ilha. Chegou a empregar cerca de 100 pessoas e tinha mais de 90 quartos. Hoje está num estado degradante. Abriu em 1989 e apenas permaneceu dois anos aberto. O encerramento deu-se por falta de lucro. Ainda sobre a Lagoa das Sete Cidades, há a dizer que na verdade são duas lagoas, uma é azul e outra é verde.
Prosseguindo viagem… deslocámo-nos até à Ponta da Ferraria. Esta é uma zona com nascentes termais, onde as águas são quentes e de origem vulcânica. A corrente estava forte, bem como as ondas que ali entravam, por isso acabei por me magoar um pouco nas mãos devido à corda que usei para me agarrar. De qualquer modo valeu bem a pena.
No segundo dia, tínhamos encontro marcado com uma prova de Golfe, na Batalha. Uns amigos dos meus tios ganharam duas aulas de Golf nos Açores, na Feira de Turismo na FIL, e como tínhamos esta viagem, acabaram por nos oferecer. A prova de golf alargou-se aos quatro e até foi uma experiência gira. De resto visitámos a Ribeira Grande e bebemos chá da Gorreana.
O dia três ficou marcado pela nossa ida à Poça da Dona Beija, no centro das Furnas. Um espaço com várias piscinas de água quente e férrea que deixam a nossa pele com um tom dourado.
Para o almoço ligámos para o restaurante Tony’s para reservar o tradicional cozido das furnas. Como tal, visitamos a Caldeiras das Furnas onde a atividade vulcânica se manifesta com mais força e onde o famoso cozido é confecionado ao vapor. E olhem que apesar do desagradável cheiro a enxofre que as várias caldeiras libertam, o cozido é muito bom.
Já na parte da tarde visitamos o Parque Terra Nostra, Vila Franca do Campo e o Nordeste da ilha.
No último dia, fomos a banhos na Caldeira Velha com uma cascata de água quente. Mais um local para lá de bonito. De seguida visitamos a Lagoa do Fogo, classificada como reserva natural e para mim a mais bonita.
Terminamos o roteiro com mais um passeio por Ponta Delgada, para fazermos tempo do voo.\r\n\r\nUma viagem que quero mesmo repetir, pois identifiquei-me imenso com São Miguel e com as paisagens naturais. Para além disso ficou ainda muita coisa por ver.
Dicas: O tempo nos Açores é muito inconstante. Como tal espreitem o SpotAzores. É um site com webcams, onde mostra em tempo real as condições climatéricas de todas as ilhas, entre outras informações úteis. Para nós foi de facto uma mais valia.